P é r o l a s
Vigésimo primeiro andar. E ninguém à vista. Ao sair do elevador deu uma afrouxada no nó da gravata e respirou o ar desconcertante da mulher. Ela estava ali, a mulher da recepção.
Pensei que não viesse mais, ela deixou escapar entre os lábios mal delineados. Aguardava-o encostada na porta com o ar blasé de minutos antes. Pérolas enroladas no pescoço, lascivas, circulando a pele, e pela primeira vez um meio-sorriso. Um aviso?
Ela tomou-lhe as chaves da mão e abriu a porta como se o quarto tivesse sido preparado para ela e o puxou para dentro com falsas garras afiadas. As luzes permaneceram acesas, ou foram simplesmente esquecidas. Ele acompanhou o par de pernas avançando em sua direção, o vestido escorregando pelas curvas do ombro, cintura, quadril, até chegar sem pressa ao chão. As coxas roçavam a meia fina, e vinham, vinham. Ele ia dizer alguma coisa antes de fechar os olhos, mas desistiu.
A pele dela exalava aquele perfume que o envolvera ao entrar no hotel. Ainda podia senti-lo. Queria mergulhar entre as pernas e experimentar-lhe o gosto, mas estava notadamente debilitado diante dos mamilos rosados que apontavam em sua direção. Tombou sem forças sobre a cama e deixou-se ficar sob o calor da estranha. O corpo não obedecia e o mundo lá fora não importava mais, os negócios, o poder, as brigas familiares, a chuva na janela. Importava o corpo dela sobre o seu, quente, remexendo. Músculos contraídos, só conseguia gemer e respirar com dificuldade, apertar os olhos e saborear a passividade momentânea. Se ela quisesse, poderia amarrar seus braços e pernas e maltratá-lo com perversa gentileza, para ver agonia e prazer se misturando em seu rosto.
Foi o que ela fez.
O telefone tocou para despertá-lo no horário combinado. Ele estava sozinho e não se mexeu. Permaneceu deitado de bruços com o colar de pérolas em uma das mãos. O corpo nu que o lençol cobria parcialmente apresentava sinais de que aquele havia sido mais do que um encontro furtivo.
Um filete de sangue escorria-lhe da boca, e com lentidão manchava o tapete ao lado da cama. Era quinta-feira, em uma hora deveria estar em reunião com os acionistas da empresa. O dia estava só começando.
Vigésimo primeiro andar. E ninguém à vista. Ao sair do elevador deu uma afrouxada no nó da gravata e respirou o ar desconcertante da mulher. Ela estava ali, a mulher da recepção.
Pensei que não viesse mais, ela deixou escapar entre os lábios mal delineados. Aguardava-o encostada na porta com o ar blasé de minutos antes. Pérolas enroladas no pescoço, lascivas, circulando a pele, e pela primeira vez um meio-sorriso. Um aviso?
Ela tomou-lhe as chaves da mão e abriu a porta como se o quarto tivesse sido preparado para ela e o puxou para dentro com falsas garras afiadas. As luzes permaneceram acesas, ou foram simplesmente esquecidas. Ele acompanhou o par de pernas avançando em sua direção, o vestido escorregando pelas curvas do ombro, cintura, quadril, até chegar sem pressa ao chão. As coxas roçavam a meia fina, e vinham, vinham. Ele ia dizer alguma coisa antes de fechar os olhos, mas desistiu.
A pele dela exalava aquele perfume que o envolvera ao entrar no hotel. Ainda podia senti-lo. Queria mergulhar entre as pernas e experimentar-lhe o gosto, mas estava notadamente debilitado diante dos mamilos rosados que apontavam em sua direção. Tombou sem forças sobre a cama e deixou-se ficar sob o calor da estranha. O corpo não obedecia e o mundo lá fora não importava mais, os negócios, o poder, as brigas familiares, a chuva na janela. Importava o corpo dela sobre o seu, quente, remexendo. Músculos contraídos, só conseguia gemer e respirar com dificuldade, apertar os olhos e saborear a passividade momentânea. Se ela quisesse, poderia amarrar seus braços e pernas e maltratá-lo com perversa gentileza, para ver agonia e prazer se misturando em seu rosto.
Foi o que ela fez.
O telefone tocou para despertá-lo no horário combinado. Ele estava sozinho e não se mexeu. Permaneceu deitado de bruços com o colar de pérolas em uma das mãos. O corpo nu que o lençol cobria parcialmente apresentava sinais de que aquele havia sido mais do que um encontro furtivo.
Um filete de sangue escorria-lhe da boca, e com lentidão manchava o tapete ao lado da cama. Era quinta-feira, em uma hora deveria estar em reunião com os acionistas da empresa. O dia estava só começando.
9 comentários:
uh!
bom demasiado, dona Alline!
Tipo de mulher que "mexe" de verdade com o homem.
não é ruim nem um pouco! hehe
os detalhes deixam a história mto envolvente.
Ual!
Um quê de instinto selvagem (amo esse filme).
Muito bom!
BJs!
Caramba! A moça era violenta! Tomara que o sexo tenha sido MUITO bom, pelo menos. =)
Beijo, querida.
La Femme Fatale!
Maravilhoso moça!
De morrer (metaforicamente...)
Beijo!
Lucão:
Uhhh, e como mexe, hein?
A história era bem maior, tive que fazer uns bons cortes.
Beijos
Eraldo:
Meu lado sádico aparecendo... hehehe
Beeeeeeijo
J.:
A moça sabia bem que queria e o homem cedeu. Ela foi e fez o que planejou. Ai! rs
Beijos
Fouad Talal:
Morrer de prazer não é uma delícia?
Metaforicamente falando. ;)
Beeeeeeijo!
uhhhhhhh, muito bom!:)
Bom final de semana Alline!
Milene:
Tentei não esticar muito. ;)
Beijos, bom fim de semana pra ti e pro Zozi!!!
Meu Deus! O que será que esse cara vai aprontar na hora do almoço? oO
Bom demais, Dona moça!
* O link para o livro que nos serviu de base para o tema da semana passada, é esse, ó :
http://www.scribd.com/doc/3198253/Suzanne-White-A-nova-astrologia
Depois me conta que cruza de bichos tu é? =)
Beijo, beijo.
ℓυηα
Luna:
Ficou no ar - homem fora de combate pra sempre ou apenas dormindo? Ai, nem eu sei. hihihi
A fatal é que vai procurar outra fonte de prazer.
Vou olhar agora, depois te conto.
Já imagino o resultado...
[risos]
Brigadão!!!!
Beeeeeeeeijo
Postar um comentário