DEVAGAR SE VAI
Certa pessoa exagerou na dose diária de transport e levou "inteiramente de grátis" uma dorzinha chata na coluna. A pessoa não deu bola pra dor, mesmo sabendo que já tem um desgaste aqui, outro ali. Não, ela não para quieta. Quer ser desafiada, ir ao limite, e fazer mais e mais. E isso só podia resultar em mais dor pra ela. Pra mim, né? De tanto insistir tive o castigo merecido.
Hoje estava no shopping experimentando sapatilhas e de repente senti uma fisgada fenomenal na lombar. Ops! Saí da loja com passinhos de gueixa, meio curvada pra frente e torcendo pra achar um táxi no ponto. Não tinha! A vinte minutos de casa, ou eu ia ou sentava num banco pra esperar até sei lá quando. Mas passava das duas, eu tinha saído do trabalho e faria qualquer sacrifício por um prato de comida. Sabe o quê? Eu fui. Ferrada de dor, mas fui. Para um pouquinho, descansa um pouquinho, fingindo não ter pressa, sonhando com um Dorflex e uma cama. E aquele prato de comida antes, lógico. Os vinte minutos viraram trinta, e mais de uma vez disfarcei que olhava a hora enquanto tentava endireitar a postura e seguir. Em vão. A dor não saiu de mim, me seguiu até em casa. Até eu sentar. Até tomar o relaxante muscular e aprender a lição. Uma próxima não vai ter, não.
Certa pessoa exagerou na dose diária de transport e levou "inteiramente de grátis" uma dorzinha chata na coluna. A pessoa não deu bola pra dor, mesmo sabendo que já tem um desgaste aqui, outro ali. Não, ela não para quieta. Quer ser desafiada, ir ao limite, e fazer mais e mais. E isso só podia resultar em mais dor pra ela. Pra mim, né? De tanto insistir tive o castigo merecido.
Hoje estava no shopping experimentando sapatilhas e de repente senti uma fisgada fenomenal na lombar. Ops! Saí da loja com passinhos de gueixa, meio curvada pra frente e torcendo pra achar um táxi no ponto. Não tinha! A vinte minutos de casa, ou eu ia ou sentava num banco pra esperar até sei lá quando. Mas passava das duas, eu tinha saído do trabalho e faria qualquer sacrifício por um prato de comida. Sabe o quê? Eu fui. Ferrada de dor, mas fui. Para um pouquinho, descansa um pouquinho, fingindo não ter pressa, sonhando com um Dorflex e uma cama. E aquele prato de comida antes, lógico. Os vinte minutos viraram trinta, e mais de uma vez disfarcei que olhava a hora enquanto tentava endireitar a postura e seguir. Em vão. A dor não saiu de mim, me seguiu até em casa. Até eu sentar. Até tomar o relaxante muscular e aprender a lição. Uma próxima não vai ter, não.