terça-feira, 29 de setembro de 2009

Já que eu estava dando sopa em casa mesmo...


Moça com Brinco de Pérola (Girl with a Pearl Earring) - eu tinha vontade de ver esse, mas também pensava em atualizar as leituras, e sentei com Delta de Vênus no colo, afinal o Telecine é bonzinho e sempre repete os filmes que a gente quer ver - e os que a gente não quer também. Vinte páginas depois, liguei a TV. Colin Firth de pintor cabeludo e Scarlet Johansson de empregada. Acho que já tinha uma hora de filme e eu não ia entender muita coisa, mas investi. Só não consegui tirar da cabeça o personagem que Firth fez em Bridget Jones, e daí que todo aquele aplique ficou estranho. Ai, ai, ai. Nem o figurino impecável e a fotografia idem me salvaram de ficar comparando. E meus olhos não saíam das sobrancelhas de Griet, personagem da dona Scarlet. Estavam descoloridas? Essas distrações tolas não me permitiram aproveitar o filme, que outro dia poderei ver com calma. Quem sabe?

Babysitters de Luxo (The Babysitters) - confesso, admito: vi, e vi inteiro, por causa do John Leguizamo. Ele não estava de drag queen nem fazendo papel de latino, era um homem comum! A história girava em torno de uma mocinha que trabalha de babá para ganhar uma grana extra. Um belo dia, o patrão vai levá-la em casa e... todo mundo acha que sabe o que vai acontecer. Que roteiro previsível! A guria transa com o patrão, sim, e ele cai na besteira de pagar pelo momento de prazer com a adolescente. A novidade é que ela entende o recado e resolve virar uma babá com um plus a mais: sexo depois do expediente com as crianças? Só pagando bem. E não para aí. A esperta também passa a agenciar as colegas de escola, levando seus vinte por cento, of course. Será que uma meninota de 15 ou 16 anos teria uma mente perigosa dessas? Aquela tinha, e se deu bem. E se deu mal.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

L e v e z a

Comercial da BZZ para o Shopping Itaguaçu:

The air that I breathe

O médico 3 bateu o martelo: virose. Tá, doutor, e agora? Nebulização 3x por dia com broncodilatador. Se é assim... O que é que eu não faço pra ficar em paz com minhas vias respiratórias? Já consigo respirar meia hora sem tossir, pra mim tá tudo lindo, com outras cores. O sorriso me cai bem de novo.

Como cantaria Mick Hucknall: Sometimes all I need is the air that I breathe...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Living la vida loca

A médica 1 viu o raio-x e afirmou que eu estava com pneumonia e me indicou antibiótico + expectorante + repouso. Um dia depois, o médico 2 viu o mesmo exame e disse que meu pulmão estava perfeito e poderia ser uma virose. De quebra, me presenteou com a receita de um antialérgico. A essas alturas, e com a falta de ar batendo as portas, em quem acreditar? Na dúvida, meu bem, vou de antibiótico + expectorante + repouso + antialérgico + esperança de que tudo isso faça efeito logo.
Tudo depende do jeito que a gente vê...

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

momento

Quando nada mais havia eu reinventei
teu cheiro.
Me joguei na cama,
te trouxe de volta entre minhas pernas,
em pensamento.
Um arrepio
e quase
a tua presença.

Mas eu fiquei só
como se fosse a lua,
com um beijo do silêncio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Alegria de pobre

Saindo de uma loja na Galeria Jaqueline, olhei para o chão e vi uma nota de dez reais. Os dedos se esticaram para pegá-la, um tanto hesitantes pela situação - jamais achei o que quer que fosse, muito menos dinheiro. Uma moça que passava percebeu e comentei que alguém havia perdido. Ambas olhamos para os lados e não apareceu ninguem reivindicando a nota. Ela me encorajou:
- Se não tem dono é seu.
Então tá. Depositada a notinha suja no bolso de trás do jeans, lá fui eu pela rua, sorrindo pelo primeiro dinheiro achado na vida.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Alegrias de quarta

Uma alegria
Achar a sapatilha preta sem fru-frus que eu tanto queria, de uma marca boa e com um preço melhor ainda. E comprá-la, claro.

Outra alegria
Tirar a sapatilha depois de uma tarde de pé involutariamente encolhido. Ganhei um calinho e marcas doloridas, mas não vou desistir fácil.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

historinha malcheirosa

Estou na fila do ônibus, com fones de ouvido, tentando me proteger dos papos bestas que as pessoas tentam começar para passar o tempo. Percebo que um velhinho está perdido e a moça não consegue dar a ele a informação correta. Tiro os fones e ajudo o homem: Esse é o ônibus que vai até o Cepon. Aí percebo que ele fede. Sim, fede, fede, fede, com efe maiúsculo. Tento imaginar há quantos dias ele não toma um bom banho. Muitos e muitos dias!!! Então deixo que entre primeiro e escolha o assento, para eu poder ficar bem longe! Sinto-me aliviada de estar distante da catinga do velho. Suspiro. Sorrio. Minha alegria não dura mais que dois minutos, pois ele vem sentar no banco ao meu lado com a desculpa de que eu conheço o ponto onde deve saltar.
Quem mandou ajudar o pobre - e fedido - velhinho?

domingo, 13 de setembro de 2009

Poucas, não sei se boas

TPM se combate com namoro, comédia e... chocolate.

Se a franja incomoda e ninguém dá jeito nela, entro na onda do "faça você mesmo" e acabo com o que poderia ser um problema.

No supermercado, entrego o pão de centeio mofadíssimo à repositora e ela acha tudo muito normal. Nem agradece. Tá bom.

Ainda não sei direito pra que serve o Twitter.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fala, noveleira

Are baba, quem é que aguenta um dramalhão indiano desses? O kajal dos olhos da mocinha Maya já foi pro beleléu faz tempo, pois não há maquiagem à prova d'água que resista aos capítulos finais de uma novela de Glória Perez. Depois desse rio de lágrimas virá o happy end que todo mundo deve ter lido na capa das revistas de 1,99, mas não quer deixar de conferir. Eu já vi o suficiente. Agora vou viver a vida. ;)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

qualquer semelhança não terá sido mera coincidência

Bernard se mostra às vezes palhaço, às vezes um velho ragubento. Mas ele é um urso polar egoísta, impaciente e atrapalhado. Não sei por que me lembrou de certa pessoa que escreve neste blog.

esqueci de contar

Ao ter a brilhante ideia de tirar as marcas de dedo naqueles óculos que todo mundo usa pra ver filme 3D, deixei cair dois pacotes de salgadinhos entre as poltronas. Sem pensar que era castigo por ter inventado de comer, me baixei para pegá-los e lá se foi a bolsa também, e já estava escuro e quanto mais eu puxava mais a bolsa entalava e eu reclamava. Que praga esses assentos modernos de cinema, que não param quietos - é só tocar que levantam num zupt! Faltava pouco pro filme começar e eu não conseguia tirar minhas coisas do buraco negro. Ai, que desespero! Ai, que chato! Enquanto tateava no escuro, veio um casal querendo ocupar seu lugar ao meu lado. Ops! Fui salva de passar mais tempo de bunda pra cima pelo moço da poltrona 13, que emprestou o celular (com lanterna). Só assim pude juntar meus pertences e sossegar para limpar direito as tais das lentes. Enfim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

filme, filme, filme

O fim de semana começou com "Brüno". Isso quer dizer que começou bizarro. Não sei por que fui insistir em Sacha Baron Cohen, já que "Borat" não fez sucesso na minha telinha - achei graça nos dez minutos iniciais e aturei o resto, louca pra ver os créditos finais. No mesmo estilo do anterior, de documentário fake, "Brüno" é muito mais apelativo. Ah, o filme era pra ser uma crítica? Ver um pinto girando quase na minha cara foi medonho. Com tanta coisa legal pra fazer com um pinto... Vou tentar não cair mais na lábia dos críticos, que adoraram aquilo lá. Eu não.
Para esquecer o Brüno Borat, investi em "Se Beber, não case" (The Hangover), comédia que conta a história de uma despedida de solteiro em Las Vegas que não dá muito certo. Ou dá até demais, dependendo do ponto de vista de quem vê. Alguns rotularam o filme como "para meninos" pela algazarra, pela bebedeira, pelas mulheres e pelas piadas, mas e daí? Dei aquela passeada pelo mundo masculino e tive bons momentos. Fun for me.

Pra fechar com alegria e colorido, nada melhor do que colocar os óculos para assistir a "Up" domingo à noite. Todas as minhas altas expectativas foram satisfeitas com Carl, o velhinho do balão que é a cara de Walter Matthau, Russell, o escoteiro superfofo, Dug, o cachorro falante e Kevin, o pássaro que adora chocolate. Eu ri bastante, me emocionei, fiquei tensa, torci pelos quatro aventureiros e saí do cinema pronta pra enfrentar a semana com mais leveza e bom humor.
Arriba! Up, up, up!!!

sábado, 5 de setembro de 2009

shhhhh

Quando uma mulher aparecer na sua frente e disser que está furiosa com o cabeleireiro porque ele entendeu que uma aparadinha significava levar embora os 2 cm de cabelo que ela levou dois meses para enxergar no espelho, não diga nada. Nem se atreva a tentar consolá-la com o surrado "cabelo cresce". É óbvio que cresce, todo mundo sabe que cresce. Você sabe que cresce, ela sabe que cresce. Então para que entoar esse mantra chato, velho e bobo?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

fumacê

Fumantes são seres de outro mundo. Fumantes sujam as ruas, as praças, cada canto, com suas guimbas como se fosse a coisa mais normal do mundo. Fumantes sempre acham que têm mais direitos do que os outros, e jogam no ar sua poluição, na cara de quem quer que seja. Fumantes estão em toda parte. Cuidado com os fumantes.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

nojentinho s/a

Olha, fazia tempo que eu não via um filme de terror. Em primeiro lugar porque depois que cresci já não me assustava facilmente com os malvadões inspirados pelo demo, e também porque um chuá de ketchup com outras gosmas artificiais de acompanhamento e uma loirinha em pânico não seriam atrativo suficiente para mim. Mas tive que dar uma chance a "Arraste-me para o Inferno/Drag me to Hell". A história da moça que trabalha no banco e é amaldiçoada pela cliente que tem um pedido de empréstimo negado não é nada de excepcional em termos de roteiro, mas me chamou a atenção pelo diretor, Sam Raimi, que prometia trazer de volta o clima de "Evil Dead". Me rendi.

Vi o filme sem pipoca e sem chocolate, para prestar atenção (e não ver a pança crescer mais tarde). Até a metade dei uns três daqueles meus gritos insuportáveis de susto e virei o rosto para tentar escapar das nojeiras que saltavam da tela. São parte do pacote, não é? Ah...
Depois o filme ficou mais cômico, e tudo parecia gozação e os gritos cessaram. A história prosseguiu sem o clima aflitivo do início e adivinhei o final, mas não deixei de gostar. Para mim, foi um bom filme do chamado terrir - gênero em que você começa tenso e acaba rindo.