domingo, 17 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012



corra, marciana, corra



Tempo vem sem medida no copo, vontade aviva a vida de um jeito! Ai, e eu aqui ainda no terceiro gole, ao mesmo tempo em que ando na corda bamba do relógio e sigo pendurada nos ponteiros tentando acompanhar o tique-taque sincopado do coração. Não sou Jane, talvez ame como Julieta. E se me atiro em queda livre nessa hora é porque finjo ser Lara Croft. Paraquedas para quê? Quedo-me no ar macio, a espevitada de cabelo desgrenhado com fone de ouvido que caminha nas nuvens. Heaven, I’m in heaven... vai Frank, play it again. Me embebe, embebeda, quero mais dessa vida flutuante e faiscante que desce ardendo. Mais um trago, lanço o movimento da embriaguez pela vida sem economia de amor na cama e na grama. A trama? Sem drama. O amor mais doce, mais terno e tenro espetado na malagueta. Então pode vir quente e ligar o PLAY, dona vida, que eu te vivo com gosto, com gozo, com alegria nas linhas tortas desse corpo. E saiba que sou do clube Je ne regrette rien, bebê. Deixo recado riscado no céu, não preciso assinar. Ficam as palavras que caíram fazendo cócegas no céu da boca que pede beijo, pede pra falar. Mas mão escrevinha por ela. E saio eu por aí esvoaçando o vestido pelo caminho de tijolos em busca de um duelista para compor um ato de amor. Não apague as estrelas hoje, quero bem dormir.

domingo, 10 de junho de 2012


amanhã...

se eu abrir a blusa
me deixa ser nas tuas mãos
fêmea 
e gemer baixo teu nome
até que te derrames 
noite adentro
em mim.