domingo, 30 de outubro de 2011

São essas coisas todas

E desde aquele dia te quero. E sabes que é daquele jeito.

Que não tem outro jeito.

Que só sossego quando tiver um ataque repentino de despudor e ultrapassar a barreira com meu peito no teu peito num abraço descompassado de uma louca que não mede palavras. E não mede o desejo, o tempo de estar. E desconhece o próximo passo. O que será.

É para voar? Estou aqui.

Me tens. Meus lábios, minhas coxas, estou aberta com minha imensidão de cores e sensações, me desfazendo diante dos teus olhos. Lânguida no momento em que passeias em meus pensamentos e brincas de me fazer tua. 

Te espero.


Se não for desse jeito, que jeito tem? Me diz.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

encanto

me visto com a
delicadeza das tuas palavras
que ainda escorrem na pele
feito perfume

deixo que fiquem
e me preencham
os hiatos
e se encaixem
e habitem
o que sou


com as palavras em mim
vou em direção às estrelas

vou te encontrar.



sábado, 8 de outubro de 2011


assim



desnuda-me das palavras
preciso me perder

tira-me da boca o ar
suga-me dos seios o mel

faça-me
queira-me
toma-me
até que eu desfaleça
quente
nua
e
úmida
sobre teu corpo
e assim
tão livre
possa de novo
voar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PARA LOGO MAIS

Ai, a petulante! Quer amor de roçar a pele, sentar no colo e dizer besteira no ouvido. Quer o corpo amado na cama pedindo sacanagem a noite toda. E ainda quer andar de mão dada sem hora pra chegar, dividir o sonho e o guarda-chuva. Quer ter saudade, mas não morrer de saudade. Quer ficar juntinho no sofá, brindar com copo de plástico, misturar beijo com sorvete e beijar bebendo vinho, misturar as línguas e os desejos. E rir durante o sexo e depois dele. Principalmente depois. Ai, a petulante!