quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O TAL DO EXAME ADMISSIONAL

Cheguei ao médico toda suada, toda esbaforida, com cara e tudo mais de quem correu escada acima. Nada! Apenas saí de casa faltando 15 minutos para a consulta, o que trouxe como consequência um efeito não muito charmoso na camisa... uma minipizza embaixo do braço. Sem odor ou fedor, OK? Fui atendida, passei meus dados e quando sentei no último assento livre me dei conta de que havia esquecido o livro que tem me acompanhado nos últimos dias - "O mundo de Sofia". Meu destino seria aguardar ouvindo Bob Esponja na TV? Só assim, porque eu estava justamente embaixo do aparelho. Sem opção, fiquei de cara virada pra rua até a moça chamar meu nome. Sou eu!, pensei, feliz da vida. E de tão feliz segui até o fim do corredor, que dava... no banheiro! Ops, errei! E daí a mesma moça avisou que era na primeira porta. Por que não disse antes? Ou fui a primeira a ter a inteligente ideia de passar direto? Ah, esquece. O médico, doutor Eduardo, era uma simpatia e me deixou tão à vontade que consegui disfarçar bem minha mania de atropelar sem dó as palavras. Fui bem! Declarei, sem assinar nada, que não fumo, quase não bebo, faço exercícios e alongamento para amenizar a dor nas costas, resultado da má postura que me persegue há anos. Como médico não vai muito atrás do que a gente diz (deve ser por causa dos mentirosos de plantão), ele pediu que eu mostrasse o alongamento. Eu provo, doutor! Pernas paralelas, fui descendo até tocar o chão com a palma das mãos. O homem ficou chocado! Uai, por quê? Disse ele que as pessoas que costumam ir ali não conseguem passar do joelho. Depois dessa, saí da sala com um papel carimbado comprovando que estou apta para exercer as funções que já fazem parte da minha rotina na empresa há oito meses. Como freelancer, lógico. Para mim, nota 10 com louvor pelo alongamento. Agora vai trabalhar, minha filha!