e era tanto amor
O taxista Toninho nunca deixa uma dama na mão. Não que aquela ali parada na calçada pudesse ser considerada uma dama, mas em fim de mês não podia recusar uma corrida.
Parou o táxi alguns metros adiante e olhou-a vindo pelo espelho retrovisor. Ela mesma abriu a porta e sentou no banco do passageiro.
- Pensei que não fosse parar!
- Me distraí, dona.
Toninho ficou desconfiado, porque ela usava uma peruca que cobria boa parte do rosto. E se fosse uma bandida, uma sequestradora, uma matadora de aluguel? Deu uma boa olhada no que conseguiu. Realmente tinha boas coxas, coxas que valeriam a pena o risco.
- Não te atreve, cara, senão eu passo fogo!
Toninho levou o maior susto com a arma apontada para o seu nariz. Não tinha muita certeza, mas ela se parecia demais com alguém do seu passado.
- Ivonete! Eu tava desconfiando... é você mesmo?
Aqueles olhos azuis e estrábicos só podiam pertencer a uma mulher.
- É tu, Toninho?!
Não era qualquer um que tinha dentes de enxada muito separados na frente.
- Não acredito! É tu mesmo? Tu estudou tanto pra virar motorista de táxi?
- É, não teve jeito... advogado ou não, eu tenho que ganhar a vida. Mas o que VOCÊ anda aprontando com esse trabuco na mão?
- Desde a última vez que a gente se viu muita coisa rolou. Se tu me pagar uma bebida eu podia contar...
- Não vai dar. Tô com o dinheiro contado.
- Tu negas um trago pra mulher da tua vida?
- Que me largou sem uma explicação.
- Tu sabes como o Maycon mexia comigo.
- Tu sabes que eu te amava acima de tudo.
- Vai me pagar uma bebida ou não?
- Não dá, meu. Eu tenho mulher e filho me esperando em casa.
- Se é assim, então me passa tudo de uma vez, a carteira, o casaco e a chave do carro. E pode ficar com a peruca.
O taxista Toninho nunca deixa uma dama na mão. Não que aquela ali parada na calçada pudesse ser considerada uma dama, mas em fim de mês não podia recusar uma corrida.
Parou o táxi alguns metros adiante e olhou-a vindo pelo espelho retrovisor. Ela mesma abriu a porta e sentou no banco do passageiro.
- Pensei que não fosse parar!
- Me distraí, dona.
Toninho ficou desconfiado, porque ela usava uma peruca que cobria boa parte do rosto. E se fosse uma bandida, uma sequestradora, uma matadora de aluguel? Deu uma boa olhada no que conseguiu. Realmente tinha boas coxas, coxas que valeriam a pena o risco.
- Não te atreve, cara, senão eu passo fogo!
Toninho levou o maior susto com a arma apontada para o seu nariz. Não tinha muita certeza, mas ela se parecia demais com alguém do seu passado.
- Ivonete! Eu tava desconfiando... é você mesmo?
Aqueles olhos azuis e estrábicos só podiam pertencer a uma mulher.
- É tu, Toninho?!
Não era qualquer um que tinha dentes de enxada muito separados na frente.
- Não acredito! É tu mesmo? Tu estudou tanto pra virar motorista de táxi?
- É, não teve jeito... advogado ou não, eu tenho que ganhar a vida. Mas o que VOCÊ anda aprontando com esse trabuco na mão?
- Desde a última vez que a gente se viu muita coisa rolou. Se tu me pagar uma bebida eu podia contar...
- Não vai dar. Tô com o dinheiro contado.
- Tu negas um trago pra mulher da tua vida?
- Que me largou sem uma explicação.
- Tu sabes como o Maycon mexia comigo.
- Tu sabes que eu te amava acima de tudo.
- Vai me pagar uma bebida ou não?
- Não dá, meu. Eu tenho mulher e filho me esperando em casa.
- Se é assim, então me passa tudo de uma vez, a carteira, o casaco e a chave do carro. E pode ficar com a peruca.
14 comentários:
hahahahhahahahahahahah!
Menina!
Que maravilha hein?
Nossa, posso divulgar lá no meu blog?
Um beijo!
Claro, Fouad!
Eu me diverti. Tomara que outras pessoas se divirtam também.
Beijo pra ti!
nossa gt, fiquei com dó do Toninho...
e olha q não sou de ter dó de homem!
uehehehe
Bjo
Com certeza me diverti; o que já tá virando praxe. Bom diálogo.
http://marcostrauss.blogspot.com/
Alline, que bacana. Adorei, muito divertido o texto e muito bem escrito, gostei muito. Cheguei aqui no rastro do Fouad, e me encantei, parabéns pelo espaço ;)
Beijo,
G
AHAHAHA
Acho que tenho que agrader o Foaud por ter esquecido as migalhas de pão, quando veio até aqui.
Corre-me nas veias um sentimento misto de inveja, admiração e suco de acerola.
Muito bom!
Prabéns, Aline!
achei seu blog por acaso e gostei muito do que lí, texto muito interessante, me divertí, adorei, já estou te seguindo, se puder visita o meu, beijos...
Muito divertido e muito bem escrita!
Editoras do Brasil: eis uma excelente escritora! Acordem!
Bjs
Teu
J
Ana:
é um bocado de mulher má, hein?
hauhauhaua
Mas como saber se Toninho não fez alguma antes? ;)
Beeeeeeijo
----------
Marco:
Legal isso.
Valeu!
---------
Geraldo:
O Fouad foi gentil e carinhoso abrindo espaço pra mim no blog dele.
Brigada, viu?
Beeeeeeijo
---------
Eder:
Devo uma cervejinha ao Fouad... hehehe... tô toda boba, e também surpresa. Tive mais visitas hoje!
Valeu valeu!
Beijuu
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Jand:
Ai, meu Deus, só tu mesmo! rsrs
Que assim seja.
Amém - dizem os anjos.
Beeeeeeeeeeeeeeijos
da tua
Li
Nini:
Brigadão =)
Ops, não me esqueci de ti, viu?
Te visito logo mais.
Me espera.
Beijo pra ti
"Diz-me com quem andas..."
O resto, o Toninho sabe. Rá!
Beijos, lindeza!
ℓυηα
rsrsrsrsr e se nao tivesse amor?! srsrsrs afff!!!!!!!!! muito boa essa Li!!!! boa demais!!!!!!! srsrs beijooooooooo
Luna:
E eu entro com aquela velha... "O amor é cego"... pra mim as pessoas não querem enxergar o que estão vendo na frente do nariz.... ou algo assim.
Beijo grande, querida!
---------
Nine:
O amor virou desculpa pra tudo... E Toninho ficou com a peruca na mão... rsrs
Beeeeeiju!
Alline, ótima, adorei! O texto tá muito legal!
Bem feito pro Toninho! kkkk
Adorei seu espaço, vim no rastro do Foaud!
bj
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