quinta-feira, 27 de novembro de 2008

coisas de casal

Ela bate o pé impaciente. Ele atrasado. Ela atira todos os livros pela janela. Ele teme - como sempre - ser dominado. Ela cobra, xinga, grita, de saco cheio. Ele atura calado. Ela deita e rola sobre suas fraquezas. Ele olha pro lado desanimado. Ela bebe uísque, senta e cruza as pernas. Ele fica fissurado. Ela ri, faz beicinho. Puro charme. Ele pede bis, descontrolado. Ela desabotoa a blusa e anuncia o espetáculo. Ele tarado. Ela deita e abre as pernas. Ele avança, abusado. Ela manda esperar. Ele já desconfiado. Ela tira a calcinha. Ela pra lá de excitado. Ela se contorce e se basta. Ele engole em seco, agoniado. Ela começa tudo de novo. Ele quase não agüenta, coitado. Ela se derrete e baba e lambe e chupa. Ele pediu para ser torturado. Ela surrurra o nome do ex-amante. Ele sai de cima irado. Ela se desculpa – isso acontece. Ele brocha, em pensamento corneado. Ela manda-o à merda, vira e dorme. Ele chora inconformado. Ela ronca. Ele vai embora, pobre homem apaixonado.

4 comentários:

Sally disse...

Ela sussurra o nome do ex e ainda manda ele à merda?

Mas que homem bonzinho, hein?

hahahahaha

Beijos!
Sally

Alline disse...

Ele bonzinho demais; ela boazinha de menos... Nem duvido que a gente possa esbarrar nesses tipos por aí.
Beeeeeeeijo!

Ricardo Rayol disse...

credo, isso que é gostar de ser submisso risos

Alline disse...

Ah, Ricardo, mas no final ele foi embora. Até um submisso tem seus limites. ;)