segunda-feira, 16 de novembro de 2009

EMBALOS DE SÁBADO À NOITE

Eu, namorado e amigos combinamos de ir ao cinema no sábado. Sessão das 23h40 no Floripa Shopping. Eu achava que iríamos ver 2012, o filme do fim do mundo. Não era bem esse não, viu? Em cima da hora o pessoal mudou de ideia e a catástrofe foi deixada de lado pra dar lugar ao terror. Filme de terror no cinema? À noite? Que filme que vai ser? Atividade Paranormal. Tá bom, tá bom, eu topo... (meio medrosa) Ia ter pizza antes. Ia... se a gente tivesse saído mais cedo. Com o atraso, tivemos que comprar as entradas e sentar a bunda numa das bibocas que rodeia o shopping. Lá pelas 23h pedimos uma rodada de hot dog simples, pra descer mais rápido e nos liberar logo, e o moço prometeu que em 10 minutos teríamos nosso banquete. Ueba! Ueba nada. Os dez minutos viraram meia hora e tivemos que exigir: ou nos entregavam um pacote pra viagem ou íamos embora. Só assim pros carinhas aprontarem tudo e nos passarem duas sacolas. Só que não daria pra voltarmos pro shopping com comida na mão ou na boca. O povo do cinema não quer concorrência, meu bem, então ninguém pode se atrever a levar um lanchinho básico embaixo do braço. Quer saber? Eu e a cunhada nos revezamos com as sacolas - cada uma enfiou a sua na bolsa, como deu. E corremos pra não perder a sessão. Não fomos barrados nesse baile, o que significa que só eu devo ter sentido o cheirão de salsicha cozida com molho, mostarda, ketchup e maionese. Completo! Fizemos a festa numa das últimas fileiras: seis malucos devorando apetitosos cachorros-mornos enquanto rolavam os trailers na telona. Ainda bem que foram três amostras grátis de filme e deu pra engolir a comida que não dava pra enxergar direito. Mas e o filme, hein? Era no estilo de A Bruxa de Blair, filmado com câmera na mão e atores desconhecidos. Pouca grana e muita imaginação, isso sim. A moça ouvia sons estranhos na casa e o namorido quis ajudar plantando uma câmera no quarto, pra captar as atividades sinistras da madrugada. Xiiii, o que ela - a câmera - conseguiu revelar foi bem tenso. Pô, como eles podiam dormir com a porta aberta? Eu não gosto disso. Ainda mais com a câmera apontando pro topo da escada na escuridão, sugerindo imagens horrendas saindo de repente do nada. É agora, é agora que alguma coisa muito da feia vai aparecer e me fazer dar um baita pulo na poltrona. Por meu alívio (ou não) nada aparece de fato, fica por conta da imaginação fértil de cada um. As noites se sucedem, os sons e outras manifestações desagradáveis também, e o casal vai pirando. Buááá, sei que vou sonhar com isso! Não, vou ter pesadelos!
O filme acontece todo dentro de uma casa, é meio lento, mas não deixa de ser bom. Vai ter continuação? Pelo final achei que sim... E antes que me esqueça, a atriz que encarna a personagem Katie pra mim é a versão mais cheinha da Kate Perry. E sim, eu tive pesadelos depois de ver o filme. Foi o terror saindo da tela... ou a salsicha do hot dog?

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