domingo, 27 de maio de 2012

antes de tudo

tateia-me com o olhar, vasculha sem pressa o meu avesso onde às vezes nem eu me reconheço. Onde sou instinto, entranhas, profundezas, carne viva e escarlate que cintila porque o corpo exclama, geme e se contorce, meu corpo te pede. Não sei como, não sei por que, mas quero, e quero de corpo todo que me tomes com as carícias das tuas palavras, me preenchas até que eu transborde de letras e suor. Da tua presença em mim. Não vou me abster ou fugir, quero me aprofundar nessas sensações que me eriçam os pelos e me causam rubor e me fazem deslizar na tua direção. Lânguida. Estou alerta, da janela quase te vejo chegar. Saiba, tenho um beijo úmido surgindo nos lábios

assim como teu nome

e uma taça de vinho para marcar nosso instante.


                                            
o tempo, ele não existe.


4 comentários:

Michele Pupo disse...

Estava saudosa da poesia e da poetisa.
Transbordando. Sempre.

Um abraço, Alline

Jéssica do Vale disse...

O tempo na distância existe;
o problema é que a vontade
do outro, nem sempre regride.


Encantador.

Renata de Aragão Lopes disse...

sensorial...

beijo,
Doce de Lira

Alline disse...

Mi, por vezes fico com saudades de mim também, mas muito mais de vocês, que me são tão caros!

Beijo grande, querida!!!

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Jéssica, o tempo que a gente inventa de seguir corre rápido demais e as vontades, tantas, voam!

Encantadora você
=)

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E impregnado de intenções, Renata...

Beeeeeijo