Cuidado comigo, sou viciada em cotonetes! Quem mandou minha mãe dizer que me levou ao médico porque eu tinha excesso de cera no ouvido? Eu era pequena, mas a mensagem ficou - as suas orelhinhas são um tanto... digamos... sujinhas... Traumatizei. E depois só piorou. Eram três hastes por dia, religiosamente, e não havia quem me fizesse mudar de idéia. Eu TINHA de colocar aquele tufo de algodão dentro da orelha e limpar, limpar até sentir que os canais estavam livres. Tão desobstruídos & limpinhos que começaram a doer e tive que baixar a guarda e correr desesperada para o otorrino. Esse povo não é amigo dos cotonetes, percebi logo. Após breve análise das cavidades orelhais, o doutor sugeriu que eu largasse mão desse "mau hábito" e me contentasse com a pontinha da toalha depois do banho. Hã? Só isso? Ele ainda frisou que limpeza de mais faz mal, pelo menos nesse caso. Tudo bem, se é pelo bem dos meus órgãos escutadores, disse ao doutor que seguiria as ordens.
E segui, OK? Durante um mês, ou até mais que isso, deixei a cera rolar solta, fingi que não estava percebendo nada. Quando estava agoniada, fazia um rolinho de papel higiênico e ia em busca do mal que me afligia. Mas um dia o ouvido coçou, levei o dedo até lá e não gostei do que senti. Ah, sou obrigada a admitir que caí em tentação, foi mais forte que eu. E não contente com um, usei outro e mais outro... e foi tão bom!
Passada a compulsão, veio a culpa. E no outro dia fiquei só na toalha, com medo das conseqüências nefastas do meu ato impulsivo.
Hoje sei que ainda não estou curada. mas não desisti. É um dia de cada vez. E um cotonetinho pós-chuveirada, para que a orelha não transborde de tanta cera.
E segui, OK? Durante um mês, ou até mais que isso, deixei a cera rolar solta, fingi que não estava percebendo nada. Quando estava agoniada, fazia um rolinho de papel higiênico e ia em busca do mal que me afligia. Mas um dia o ouvido coçou, levei o dedo até lá e não gostei do que senti. Ah, sou obrigada a admitir que caí em tentação, foi mais forte que eu. E não contente com um, usei outro e mais outro... e foi tão bom!
Passada a compulsão, veio a culpa. E no outro dia fiquei só na toalha, com medo das conseqüências nefastas do meu ato impulsivo.
Hoje sei que ainda não estou curada. mas não desisti. É um dia de cada vez. E um cotonetinho pós-chuveirada, para que a orelha não transborde de tanta cera.