ENTRE HORAS
No rastro da madrugada o pensamento marginal vira palavra, risca a pele que pinga letra e suor fora do verso. Os poros se alargam e se entopem. Sou, serei, fui eu que cometi esse desvario que ultrapassa lençóis e se acumula sob as unhas? Ah, é a palavra, tinha que ser. Nela embarco e dela bebo e me aproveito, busco o traço sem escassez, exponho meu sentimento até que o verbo rasgue, a tinta seque, até eu pecar pelo excesso de paixão na última linha. E, quando me dou por satisfeita, tomba o corpo rubro pelo prazer soletrado. Ponto - de exclamação.
Não mais aquela de ontem.
Reticências.
5 comentários:
Ai, que lindo Alline!
Gostei muito da suavidade e poesia presente em seu texto. Além disso, o novo layout está maravilhoso, todo primaveril. Adoro!
Um beijo
.
Ui! Você deve estar
nos seus melhores
dias, tal a intensi-
dade das palavras.
Beijos,
silvioafonso
.
Uma mulher que vive pra amar
Com sede de aprender cada vez mais e viajar,
Pela estrada sem rumo e sem saber onde vai parar!
Não deixa rastros, só perfumes nas palavras
Que umedece os lábios ao sussurrar...
Fome, boca que beija e lambe...
Divina dama que badala na balada
Dança pés no salto alto, na pista molhada!
Some, deixa poeira pra trás...
Corre, invade, o meu pobre cais!
Dona duma extravagância
Conta nos dedos quem consome,
Linda tem um sorriso exuberante
Seus olhos brilham como diamantes!
Aprisiona os verbos, pra soltar os versos...
Olha, vem, desce do salto,
Louca pra explodir,
Dança na pista molhada
Se solta, cai na gargalhada!
Lança, o verbo e canta,
Brota, mexe os quadris e as suas ancas!
Esse calor que na pista derrete a alma,
Prende os versos agora e mais alto canta...
Vem assim, dança pra mim!
Mostra esse teu poder,
Mostra que todos querem te ter!
Livre ela não tem dono,
Bela ela até parece um sonho...
De valsa, de soul, do rock ou de blues!
Louco arquipélago de duas ilhas divididas no colo!
Escrita que rouba o fôlego.
Que lindas essas tuas reticências...
Sinto falta das madrugadas em minha vida! :)
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