- Eu te amo, Heitor.
- Eu sabia que isso não ia dar certo.
- Juro! Nunca conheci um homem como você. Nunca! Agora eu sei que você é o homem da minha vida.
- Mas olha pra mim, Teresa. Eu nem sou um cara rico.
- O que importa é o amor que a gente sente. Pensa que eu sou uma dessas interesseiras?!
- ... nem bonito.
- São detalhes. Beleza não põe mesa.
- E se eu te disser que eu adoro futebol e não perco por nada desse mundo um jogo do Avaí?
- Sem problema, eu posso ficar na casa da minha irmã.
- E jogo pôquer às quintas.
- Eu confio em você.
- Não tenho carro...
- Eu gosto de andar a pé. E não vou morrer se pegar ônibus.
- Sabia que detesto crianças?
- Ufa, que alívio! Estava criando coragem para dizer o mesmo.
- Minha mãe, lembra? Ela mora comigo. E a dona Genoveva é fogo.
- É porque ela ainda não me conhece, bobo.
- Eu ronco!
- Idem! Estou achando que vamos nos dar muito bem. Tipo casal perfeito, sabe?
- Realmente não entendo as mulheres...
- Deixa que eu te ensino, Heitor.
- Olha, estou ficando careca...
- E continua um charme.
- Será que você não percebe? Nunca tive namorada...
- Sempre é hora de começar.
- Aos quarenta? Eu sou gay, Teresa!!!
- Por mim tudo bem, desde que você não use minhas calcinhas. Que tal?