quarenta e seis
UMA TARDE NO MUSEU
Ele me viu escondida atrás da pilastra vermelha e me seguiu até a entrada do museu. Sentia que ele estava presente, não muito longe. Logo alcancei a porta, sabendo que ele estaria atrás da barra esvoaçante do meu vestido. Enrolava-se nas coxas, invadia o vão entre as pernas e ali ficava, me atiçando. Ele tinha pedido: "Eu quero você de vestido".
Não esqueci o recado. Era um vestido bem usado, lilás-claro, solto no corpo. Eu tinha sensação de ser a menina de vestido curto e rodado que ia ao museu.
Entrei com um grupo de senhoras de sotaque engraçado e tentei me misturar. Elas eram barulhentas e engraçadas. A de cabelos vermelhos perguntou meu nome e pediu um cigarro para fumar mais tarde. Estávamos num ambiente de paredes azuis quando percebi que alguém se encostava por trás. Era Leoni.
Até que enfim!
- Tira a calcinha.
A voz dele me acariciou o pescoço.
- E traz pra mim. O banheiro é ali – apontou discretamente. – E coloca isso.
O pacote fazia parte da brincadeira, agora eu sabia. A Hilda, aquela dos cabelos ruivos, me olhou de relance e disfarçou. Ela tinha ouvido!
A lycra preta virou um pequeno montinho que desapareceu em minhas mãos. No pacote havia uma borboleta com duas cintas. Era um vibrador, ele queria que eu usasse um vibrador do museu! Quando saí do banheiro com todo aquele equipamento entre as pernas, o grupo estava mais adiante, olhando uma escultura. Achei que todas iam se voltar para mim e me apontar o dedo, me acusar.
Não. Leoni permanecia junto delas, com a mão pousada no ombro de Hilda. Assim que me viu, ela se afastou. Sábia mulher!
- Toma.
A mão dele, a mão quente e úmida que queria me tocar pegou a calcinha, passou no nariz e pôs no bolso de trás da calça.
- Eu gosto desse cheiro.
A outra mão deslizou pela cintura até chegar no quadril, e desceu mais para tocar a barra fina do meu vestido rodado de menina. Ele puxou, amassou e levantou muito pouco o tecido em busca de pele.
- Abre um pouco a perna.
Vi a câmera com ele.
- Você ficou louco – ri. – Daqui a pouco mandam a gente embora daqui.
- Não mandam, não. É só fazer como eu mando. Abre a perninha, mas não sai do lugar. Olha aquele quadro ali, fica parada.
Eu estava meio nua, livre, desimpedida, disponível como ele tinha pedido. Mas só ele sabia. Talvez a Hilda, mais ninguém. E ele me clicou sem ser notado por baixo do vestido. Aquele som seco de foto tirada onde eu não podia ver.
Seguimos com o grupo para outra sala, sempre os últimos.
Havia apenas quadros e as mulheres se embolaram em volta de cada um, todas querendo ler ao mesmo tempo a descrição na parede.
- Você está preparada?
- Tem câmera aqui, você não viu?
- Eu sei o que eu tô fazendo.
Ele girou o botão devagar. Hilda me olhou, não parou mais. Eu gozava pela expectativa, tentava fugir dele, era bom, mas eu não aguentava. Ele me segurava por trás, me sentia, a minha fome de tê-lo, de alimentá-lo com meus fluidos e me deixar revirar por dentro depois das estocadas, o pau que me encontrava pronta, os gemidos... mais um quadro, Hilda me encarando e entendendo tudo, a borboleta flertando com meu clitóris, me amaciando, pressionando, pulsando sem parar... mais um quadro, mais um quadro, mais, mais... um clique, uma contração que tentei disfarçar e não consegui... outro quadro, eu suava e não tinha ainda o pau dele, eu ainda... achei que ia babar, umedeci os lábios de saliva antes de mordê-los, Leoni se deliciou e aumentou a velocidade, só um pouco. Meu peito se ergueu quando me esforcei para respirar, fechei os olhos... mais um quadro? Tantas telas, paisagens, corpos de mulheres nuas... mais, me dá mais disso, vem, levanta esse vestido, coloca o dedo... vê como eu tô molhada? Eu vou inundar esse salão! Sentia que ia me escorrer pelas pernas... eu preciso andar e ver mais quadros? O movimento só aumentava minha vontade... eu não vou aguentar, você não vê? Latejava toda, passava mal. Eu passava de todos os limites. Mais, mais, me dá... quadro... teu pau... me chupa?
As senhoras acharam que eu tinha um ataque epilético enquanto eu gozava e me debatia a caminho do banheiro. Ia pelos braços, Hilda de um lado, Leoni do outro.
Com delicadeza, Leoni me livrou daquela borboleta que me fez doida entre as senhoras no museu. Depois me teve no canto do banheiro, de pé. Não havia mais perigo porque Hilda cuidava da porta, mas de vez em quando olhava pelo espelho e gostava do que via.
8 comentários:
Eu sou fã dela. Sabe que a imagino meio gordinha. Cê já pensou nisso?
beijo
Revitalizadores esse sonos profundos da Nina... quando retorna vem com a ferocidade das ursas após hibernarem!
Nina é mais pura que muita gente!
E quero sempre mais de Nina...
O Cara da Mina:
Já... até signo arrumei pra ela - sagitário, de 5/12. rsrs
Não a vejo como gordinha, apenas como pequena.
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Rock:
Já entrou em hibernação de novo, para se preparar para a próxima semana. Só eu que passo trabalho. rs
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Eder:
Ela não chega a ser má, é verdadeira e vive das sensações sem pensar no depois.
Enquanto ela hiberna, curto a dona Hilda!
Muito interessante o blog !
Deixo o meu aqui caso queira dar uma olhada, seguir...;
www.bolgdoano.blogspot.com
Muito Obrigada, desde já !
Curta, Rock. Hilda te levará.
Brigada, Amanda!! =DD
Vou te visitar, sim. Já tô com a página aberta.
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