quarenta e um
PARA TODO O SEMPRE
Chico veio me buscar às dez em ponto. Antes de entrarmos no carro, me ajudou a ajeitar o véu no banco de trás e depois sentou ao meu lado. Seguimos olhando para frente em silêncio, a mão dele sobre a minha, o meu coração aos pulos de tanta ansiedade. Ele achava que assim ia me confortar pelo futuro que me aguardava. O futuro sem a presença dele.
Quando o carro parou, a poucos metros da igreja, quase deixei de respirar:
- Tem que ser agora?
- Sim, não vamos deixar o noivo esperando. Hoje vai ser um dia inesquecível pra você.
PARA TODO O SEMPRE
Chico veio me buscar às dez em ponto. Antes de entrarmos no carro, me ajudou a ajeitar o véu no banco de trás e depois sentou ao meu lado. Seguimos olhando para frente em silêncio, a mão dele sobre a minha, o meu coração aos pulos de tanta ansiedade. Ele achava que assim ia me confortar pelo futuro que me aguardava. O futuro sem a presença dele.
Quando o carro parou, a poucos metros da igreja, quase deixei de respirar:
- Tem que ser agora?
- Sim, não vamos deixar o noivo esperando. Hoje vai ser um dia inesquecível pra você.
Se meu irmão dizia que ia ser um dia inesquecível, eu confiava que ia ser mesmo. Recostei no banco e ofereci os lábios a ele pela última vez. Entreabertos e vermelhos. Ele os tomou com delicadeza, manchando os seus com as evidências do que não poderíamos esconder por muito mais tempo. Não mais a falta de espaço na cama de solteiro, o cheiro dele me impregnando as roupas, o ar que me faltava quando estava por perto.
- Eu não vou conseguir, Chico! Me leva daqui, pelo amor de Deus! Eu não vou conseguir.
- Você vai. Confia que você vai.
- Mas eu não quero.
- Você não sabe o que quer.
- Eu sei, sim.
Outro beijo. E a mancha em torno da boca aumentou, se espalhou pelo rosto e agora todos saberiam a verdade sobre nossa relação incestuosa. O velho motorista já sabia e saiu assustado sem olhar para trás. Não me importei se ele correria para a igreja para gritar aos convidados que eu vivia em pecado. Ah, se me visse. Não, não viu que levantei camadas de tule para conseguir sentar nas coxas de Chico e rasguei o corpete na aflição de me libertar. Meu irmão, o que quer de mim? Minha alma? Meu coração? Como posso pertencer a alguém senão a você?
- Você vai. Confia que você vai.
- Mas eu não quero.
- Você não sabe o que quer.
- Eu sei, sim.
Outro beijo. E a mancha em torno da boca aumentou, se espalhou pelo rosto e agora todos saberiam a verdade sobre nossa relação incestuosa. O velho motorista já sabia e saiu assustado sem olhar para trás. Não me importei se ele correria para a igreja para gritar aos convidados que eu vivia em pecado. Ah, se me visse. Não, não viu que levantei camadas de tule para conseguir sentar nas coxas de Chico e rasguei o corpete na aflição de me libertar. Meu irmão, o que quer de mim? Minha alma? Meu coração? Como posso pertencer a alguém senão a você?
Chico entendeu que aquela era nossa última chance e se entregou como tinha feito na praia, deixando seu desejo em minhas mãos. Eu o queria sempre assim, livre de pudores, irrestritamente apaixonado e incapaz de lutar contra meus sentimentos. E os seus.
Abri a calça, ele enfiou minha mão lá onde eu nunca podia tocar para concretizar a união de nossos sexos sem um par de alianças e o consentimento do padre. Supliquei pelo amor eterno e ele atendeu me colocando de quatro no banco de trás. Daí em diante não precisei mais pedir. Ele se livrou do tecido branco e macio que ainda me cobria e investiu e me penetrou e insistiu até me ouvir gemer alto, até não haver mais medo ou vergonha que me fizesse parar de ondular o corpo. Até eu não dar importância aos olhares escandalizados dos convidados que nos observavam da calçada e buscavam explicação para nossa conduta. Entre eles estavam Bernardo, Gabriel, João, Mateus, Tom, Renan e Caio... acho que era Caio, não tinha certeza. Com o vidro embaçado não pude enxergar se era mesmo ele e de onde partiram os disparos. Foram cinco e pelo menos dois me atingiram, mas eu não parava de gemer e me deleitar com aquele momento único. Sangrei e gozei até meus olhos se fecharem. Sou tua, Chico. Para todo o sempre.
Abri a calça, ele enfiou minha mão lá onde eu nunca podia tocar para concretizar a união de nossos sexos sem um par de alianças e o consentimento do padre. Supliquei pelo amor eterno e ele atendeu me colocando de quatro no banco de trás. Daí em diante não precisei mais pedir. Ele se livrou do tecido branco e macio que ainda me cobria e investiu e me penetrou e insistiu até me ouvir gemer alto, até não haver mais medo ou vergonha que me fizesse parar de ondular o corpo. Até eu não dar importância aos olhares escandalizados dos convidados que nos observavam da calçada e buscavam explicação para nossa conduta. Entre eles estavam Bernardo, Gabriel, João, Mateus, Tom, Renan e Caio... acho que era Caio, não tinha certeza. Com o vidro embaçado não pude enxergar se era mesmo ele e de onde partiram os disparos. Foram cinco e pelo menos dois me atingiram, mas eu não parava de gemer e me deleitar com aquele momento único. Sangrei e gozei até meus olhos se fecharem. Sou tua, Chico. Para todo o sempre.
Escuridão.
7 comentários:
Alline, minha querida. Muitíssimo bem escrito. Adorei. A imaginação vai a mil, e isso é que consagra o bom escritor.
Você é fera, menina!
Beijos no seu coração.
Manoel.
UAU!!!
Eu pedi em voz alta que fosse sonho (rs) mas fiquei triste por saber que ele vai se casar.
Agora fico aqui, louca pra saber o que a Nina vai aprontar dessa vez.
Um beijo e ótimo fds, lindona! =)
Eu quase enfartei em passar na Nina casando... vá lá que não se concretizou, mas só a possibilidade da Nina se casar, torna esse sonho pesadelo rs
Mas acertou no feitiche, Aline! Alías, sempre acerta em tudo!
Fã incondicional!
Beijo...
Manoel:
Tô toda boba aqui com teu comentário.
Outros posts virão nesse embalo.
Brigadão!!!
Beijoss
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Luna:
Tás vendo do que uma mente perversa é capaz? rsrs
Vamos ver se ele casa, ou ela, ou nenhum dos dois... são tantas as opções que dá pra dar um nó na cabeça. Cada semana é uma diversão diferente.
Oba, foto nova?
Amanhã te visito com calma, mas por enquanto vou deixar um beijo triplo com calda de chocolate. Uhhh!
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Eder:
Na primeira versão a essas alturas ela já tinha casado... vê só como são as coisas doidas desse mundo imaginário meu. hehehe
Eu nunca sei se vou acertar, mas penso que se pra mim é excitante deve ser pra mais alguém também.
Beijo, querido!
Eu só aceito que ela case se for comigo. E essas fotos ein? ui!
Bjs!
Lindo texto! Lindo blog!
Voltarei sempre amiga.
Fica na paz.
Ai, ai, Ai, mocinho possessivo. rsrs
Não posso mais ficar sem fotos pra esses posts. Dão trabalho pra achar, mas quando casam bem com a história parece que me baseei nelas. Ótimo!
Beeeeeijo, Eraldo!
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