trinta e seis
SE É ISSO QUE VOCÊ QUER
SE É ISSO QUE VOCÊ QUER
Depois de eu ter me acostumado com a cama e o corpo dele quase todo dia, Bernardo começou a demonstrar estranha inquietação depois do sexo. A mão escorregava pelas costas e... Quê? Esse papo eu conhecia de outros tempos, me lembrei de Dieter. Para não ser a estraga-prazeres, dizia que ia ceder e vacilava ao baixar a calcinha, sem esconder minha covardia. E se doer? E se eu não gostar? E se gostar? E se me machucar?
Quando pensava que ele estava satisfeito e queria apenas fumar um cigarro, ele vinha alisar minha bunda com aquelas intenções. Aquelas. Se fosse uma carícia despretensiosa eu seria capaz de adormecer e sonhar que era vendada e seduzida no alto do edifício. Não nesse caso. Então não me restava alternativa senão a de permanecer atenta aos mínimos movimentos, esperando que ele cansasse e fosse dormir.
Um dia tentei mostrar que estava mais maleável.
- Mas vai com calma, tá?
- Você sabe que eu nunca te faria mal.
Era o que todos diziam.
- Eu tô falando sério.
- Eu também.
É verdade que não me sentia totalmente relaxada, não importando o que ele dissesse para me acalmar, mas imaginei que poderia ficar. Pedi uma dose de uísque. Sentamos na beira da cama e assim ficamos por algum tempo, imóveis.
- Vou confiar em você – murmurei.
A chuva continuava batendo forte no vidro, tinha jeito de tempestade de verão. Bernardo tirou o cabelo dos ombros e me beijou as costas, foi descendo. Depois era a língua dele que deslizava por toda a pele numa languidez que me levou à rendição. Sem sentir estava deitada de bruços olhando a chuva pela janela e começava a sentir alguma coisa. Ele soprava o rastro de saliva, lambia mais um pouco, e soprava, e refazia o caminho.
Ele parou, estava chegando. Eu não podia ver nada – gostaria de ver! Senti que as mãos se colocaram entre as coxas e buscaram o espaço para poder avançar. Sem saber se era instinto, abri um pouco as pernas e empinei a bunda. Um dedo veio, revelando o que havia entre as dobras de pele. Eu não pensava mais em dor, eu via que era muito diferente do que havia imaginado. O dedo me cercou, rodeou, acariciou e foi se afundando em mim. Sempre um pouco mais, até desaparecer. Era uma sensação nova que eu sabia onde ia acabar. Por que você não disse que era gostoso?
O dedo saiu devagar sem que ele dissesse nada. Eu suspirei e só, não tinha onde me agarrar. Bernardo me segurou pela cintura, percebi que agora não demoraria a se juntar a mim. E teria vindo se o celular dele não tivesse tocado e alguém não tivesse falado em emergência e hospital.
Não, não seria dessa vez, não importando o quanto eu estivesse excitada e disposta a correr riscos nas mãos dele. Ele se vestiu às pressas e saiu sem explicar muita coisa. Eu também saí. Já não chovia, a rua estava silenciosa. O caminho para casa seria longo.
Quando pensava que ele estava satisfeito e queria apenas fumar um cigarro, ele vinha alisar minha bunda com aquelas intenções. Aquelas. Se fosse uma carícia despretensiosa eu seria capaz de adormecer e sonhar que era vendada e seduzida no alto do edifício. Não nesse caso. Então não me restava alternativa senão a de permanecer atenta aos mínimos movimentos, esperando que ele cansasse e fosse dormir.
Um dia tentei mostrar que estava mais maleável.
- Mas vai com calma, tá?
- Você sabe que eu nunca te faria mal.
Era o que todos diziam.
- Eu tô falando sério.
- Eu também.
É verdade que não me sentia totalmente relaxada, não importando o que ele dissesse para me acalmar, mas imaginei que poderia ficar. Pedi uma dose de uísque. Sentamos na beira da cama e assim ficamos por algum tempo, imóveis.
- Vou confiar em você – murmurei.
A chuva continuava batendo forte no vidro, tinha jeito de tempestade de verão. Bernardo tirou o cabelo dos ombros e me beijou as costas, foi descendo. Depois era a língua dele que deslizava por toda a pele numa languidez que me levou à rendição. Sem sentir estava deitada de bruços olhando a chuva pela janela e começava a sentir alguma coisa. Ele soprava o rastro de saliva, lambia mais um pouco, e soprava, e refazia o caminho.
Ele parou, estava chegando. Eu não podia ver nada – gostaria de ver! Senti que as mãos se colocaram entre as coxas e buscaram o espaço para poder avançar. Sem saber se era instinto, abri um pouco as pernas e empinei a bunda. Um dedo veio, revelando o que havia entre as dobras de pele. Eu não pensava mais em dor, eu via que era muito diferente do que havia imaginado. O dedo me cercou, rodeou, acariciou e foi se afundando em mim. Sempre um pouco mais, até desaparecer. Era uma sensação nova que eu sabia onde ia acabar. Por que você não disse que era gostoso?
O dedo saiu devagar sem que ele dissesse nada. Eu suspirei e só, não tinha onde me agarrar. Bernardo me segurou pela cintura, percebi que agora não demoraria a se juntar a mim. E teria vindo se o celular dele não tivesse tocado e alguém não tivesse falado em emergência e hospital.
Não, não seria dessa vez, não importando o quanto eu estivesse excitada e disposta a correr riscos nas mãos dele. Ele se vestiu às pressas e saiu sem explicar muita coisa. Eu também saí. Já não chovia, a rua estava silenciosa. O caminho para casa seria longo.
13 comentários:
Alline, que postagem linda e excitante. Muito bem escrita.
Beijos com carinho. Manoel.
eu gosto da Nina. Sempre te pergunto e você nunca me responde quando ela estará num livro de papel... mas tudo bem, um dia ce me responde.
beijos pro cê. to aqui no rio com um amigo aí do campeche.
Uau! HOT!
Nessas horas é sempre bom desligar o celular! :)
Teu
J
Manoel:
Você que é muito gentil, viu? =)
Beeeeeijo!
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Cara da Mina:
Ah, eu sempre respondo... que não sei. Mas na última disse que quando acabasse de reescrever tudo recomeçava a busca por editora. ;)
A água do Campeche é gelada, uma delícia. Abraço pro amigo de lá, beijo pra ti.
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Janderson:
uhuahuahauhaua
Mas era pra atrapalhar mesmo. Na primeira versão eles nem chegavam tão longe, lembra?
Saudades!
sempre tua
É bom ver a Nina se abrindo mais... no bom sentido, claro. srsrs
Eu não me canso...
Hehehe... não foi dessa vez. =)
Ahhh... agora sim. :)
eu gosto de água gelada. e adoro floripa.
beijos
e no meio do caminho tinha um celular!!! muito bom mesmo!! eu adoro a nina! quando ce vai publica-lo?? espero q seja logo.. beijao Li!!!! e se cuida!!!
Eder:
Em tempos de globalização, abertura é importante, né? rsrs
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Genny:
É pra tomar fôlego. ;)
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O Cara:
Nada melhor pro calor do que água bem gelada. Vamos todos pro sul da Ilha!
Beeeijo
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Nine:
Nessa hora celular é foda. Mas o moço lá é jornalista, não pode ficar com o aparelho desligado, nem na hora do sexo.
Eu contei pro Cara da Mina que aos poucos estou reescrevendo a história para publicá-la aqui. Quando terminar volto a procurar editora.
Opa, eu também espero que seja... se não logo, algum dia desses. hehehe
Beijão, Queridona!
o celular o tirou de vc e nos deixou a ver navio...
espero que aporte e continue...
Ui, ui, ui...tenho uma bronca com amostras grátis que nem te digo nada!
¬¬'
Beeeeeeijos!
El Brujo:
Todos ficamos ver navios, esperando que Bernardo termine o que começou com Nina. Será que termina? Veremos...
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Luninha:
Amostras grátis são pra dar um gostinho de quero mais. rsrs
Beijôôô!!!
Hahaha! Esse final foi mais forte do que se tivesse acontecido. Por isso prefiro não ter celular no momento. hasuhushasuahas
Muito bom!
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