A CEGUETA DE RAYBAN
Não dá pra ver daí de onde você está, mas sou míope, daquelas que já passaram dos quatro graus e são dependentes de um trocinho sobre o nariz ou grudado nos olhos. Assim sendo, faço da minha rotina um tal de tira óculos, bota lente, tira lente, bota óculos e por aí vai. Hoje, antes de sair do trabalho, devia ter posto as lentes, pois o sol saiu da toca no fim do dia. Nah! Pensei: Ah, tô indo pra casa, é muita mão de obra.
Quando estava seguindo a linha reta que me levaria até meu lar, doce lar, um homem de paletó passou por mim e falou alguma coisa. A mania de estar com foninho de ouvido a vida toda me impediu de saber o que foi dito de bom - ou não. Olhei de lado, ele também. Quem era? Ora, ora, não é que era meu oftalmologista?!
Tirei os óculos de sol, morrendo de vergonha:
- Desculpa, doutor Maurício, não enxerguei o senhor...
Ele riu e respondeu com bom humor:
- Então seu médico não está fazendo um bom trabalho.
Apontei os óculos de grau, pendurados na blusa:
- Tô sem lente e sem óculos, viu?
Ele só me desejou boas-festas e não ficou para ouvir minhas explicações sobre a pouca visão. Eu vim sem enxergar cem por cento e me dei por satisfeita de não ter tropeçado no caminho. A cegueta de Rayban. Oo
Não dá pra ver daí de onde você está, mas sou míope, daquelas que já passaram dos quatro graus e são dependentes de um trocinho sobre o nariz ou grudado nos olhos. Assim sendo, faço da minha rotina um tal de tira óculos, bota lente, tira lente, bota óculos e por aí vai. Hoje, antes de sair do trabalho, devia ter posto as lentes, pois o sol saiu da toca no fim do dia. Nah! Pensei: Ah, tô indo pra casa, é muita mão de obra.
Quando estava seguindo a linha reta que me levaria até meu lar, doce lar, um homem de paletó passou por mim e falou alguma coisa. A mania de estar com foninho de ouvido a vida toda me impediu de saber o que foi dito de bom - ou não. Olhei de lado, ele também. Quem era? Ora, ora, não é que era meu oftalmologista?!
Tirei os óculos de sol, morrendo de vergonha:
- Desculpa, doutor Maurício, não enxerguei o senhor...
Ele riu e respondeu com bom humor:
- Então seu médico não está fazendo um bom trabalho.
Apontei os óculos de grau, pendurados na blusa:
- Tô sem lente e sem óculos, viu?
Ele só me desejou boas-festas e não ficou para ouvir minhas explicações sobre a pouca visão. Eu vim sem enxergar cem por cento e me dei por satisfeita de não ter tropeçado no caminho. A cegueta de Rayban. Oo
7 comentários:
Você me faz rir, Alline.
Deve ser o máximo conviver contigo!
Se não for em dias de TPM eu até sou boazinha... Estranho é que tem gente que diz que eu sou "uma figura", que sou engraçada, etc., mas me acho mais irônica e ranzinza. Vai saber. rsrs
Beeeijo, Michele!
Eu me identifico com vc, tbm sou assim. Deve ser por isso a empatia. rsrsrs
Boa quarta-feira!
Ehehehehe
Encontrar médico fora do consultório é tãããoooo estranho, né, Li? Lembro que fiquei atônita quando vi meu ginecologista no shopping, na fila para pagar o estacionamento. Isso até virou post.
* Li o título e já cliquei rindo. Sua doida! Adoro! =)
Beijos.
ℓυηα
Tudo bem, conheço uma moça que engravidou de seu ginecologista HAHA'
Aline, você é impagável!
Minha nossa até parece eu!!! mas atualmente aderi de vez os óculos, to na fase cansada de lentes!!! Tenho astigmatismo então elas são duras, horríveis!!!!
Somos as ceguetas!!!
Michele:
Entonces somos normais. ;)
hehehe
Bom fim de semana! Beeeeeeijo
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Luna:
Eu lembro desse teu post. Muito bizarro essas armações do destino, essas peças que ele nos prega. E eu nunca sei o que fazer...
Beeeeijo duplo com calda de chocolate - bom findi!
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Eder:
A tua história é bem mais maluca, hein? A moça virou namorada? Só não me diz que foi durante a consulta...
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Ana:
Tudo porque não gosto de usar óculos, cismo com eles. Nos outrosa fica legal, mas em mim... não adianta.
Sim, de vez em quando somos as ceguetas soltas na rua. Ai, que medo!
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